Libido baixa: a flutuação natural do desejo feminino
Toda mulher já sentiu o desejo sexual diminuir em determinado momento da vida. Nossa libido não é uma constante, mas um gráfico constante com altos e baixos. Aprender a respeitar nossos momentos e fases é fundamental para construirmos uma relação saudável com nossa sexualidade.
Mas a diminuição constante da libido - leia-se mais de um mês - sempre deve ser investigada com cuidado para ver se existe alguma causa por trás. Assim como a ansiedade sexual, a baixa de libido crônica é multifatorial.
Você sabia que 4 em cada 10 mulheres apresentam queixas relacionadas a baixa libido?
Apesar desses dados, a libido não é uma constante. Inclusive, pode sofrer altos e baixos durante vários momentos da nossa vida e do nosso dia a dia.
No entanto, o uso de lubrificantes íntimos pode ser uma ótima alternativa para essas fases.
Antes de você descobrir quais são os melhores lubrificantes, é importante entender o básico de como eles funcionam e o que você precisa ter na hora H.
NOSSOS MECANISMOS SOFISTICADOS
Outra constante, principalmente em relacionamentos de longo termo, é a disparidade de libido entre os parceiros. Segundo um estudo do JAMA, em relacionamentos heterossexuais, a mulher tem uma maior tendência a ter uma baixa de libido.
Isso significa que somos mais "difíceis"? Ao contrário. O mecanismo de desejo e orgasmo na mulher é mais sofisticado que o do homem. Somos os únicos seres capazes de ter orgasmos múltiplos. Temos o único órgão dedicado inteiramente ao prazer sexual: o clitóris.
E como nossos ciclos menstruais, nosso desejo flutua naturalmente durante os anos. Mudanças na vida de uma mulher, como gravidez, menopausa e os períodos menstruais fazem parte da equação do nosso desejo sexual.
NEM SEMPRE VOCÊ VAI QUERER TRANSAR
E tá tudo bem. Estamos atravessando uma das piores pandemias que a humanidade já presenciou. É perfeitamente normal seu desejo não estar lá em cima em meio a tantas perdas e conflitos.
Precisamos, sim, nos dar um desconto e entender que não é sobre hormônios, falta de interesse e desejo. Estamos tentando conciliar uma carreira profissional, a criação dos nossos filhos, cuidar da casa minimamente e ainda dar atenção para nossos amigos. É claro que a vida sexual acaba ficando em segundo plano.
E exigir de nós mesmas que tenhamos uma vida sexual de atleta, transando todo dia ou 4 vezes ou mais durante semana, é atestar mais uma opressão em nossas vidas.
QUANDO A BAIXA DE LIBIDO MERECE UMA INVESTIGAÇÃO
Já entendemos que o desejo naturalmente flutua e é perfeitamente normal. Mas se o desejo fica permanentemente baixo por mais de um mês, é importante investigar as causas da baixa de libido continua.
As causas são diversas:
- Problemas no relacionamento
- Estresse e burnout
- Alguns antidepressivos
- Excesso de álcool ou drogas
- Problemas de saúde, como artrite, doenças neurológicas, diabetes, pressão alta, SOP, tiroide, câncer e doenças cardíacas
Quando o problema é recorrente, é importante entender que existe o Transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH). O transtorno se apresenta não só na falta de relações sexuais, como na ausência de fantasias e de masturbação
Estudos mostram que mulheres com uma baixa de testosterona podem apresentar TDSH - mas ainda não existem dados concretos se a testosterona pode ser o caminho de um tratamento de todos os casos de TDSH - principalmente quando existem outras comorbidades juntas, como a depressão e ansiedade.