
Fazer xixi para não engravidar?
Entenda por que isso é um mito.
Recentemente, um vídeo da modelo Any Awuada viralizou nas redes sociais, onde ela afirmava que fazer xixi após a relação sexual poderia funcionar como um método contraceptivo. Mas será que isso é verdade? A resposta curta: não. Essa informação é completamente falsa e pode colocar muitas pessoas em risco. Vamos entender o motivo.
Por que urinar não impede uma gravidez?
De acordo com o Dr. Drauzio Varella, em entrevista ao portal G1:
“A urina vem da bexiga, passa pela uretra e sai – ela vem pelo aparelho urinário. Já o espermatozoide, depois da relação íntima, vai para o trato ginecológico e, eventualmente, chega às trompas. As vias do trato urinário e do trato ginecológico não têm comunicação.”
Ou seja, urinar não tem qualquer efeito sobre a presença de espermatozoides no canal vaginal e, consequentemente, não evita uma possível fecundação do óvulo.
Qual é a importância de urinar após a relação?
Se por um lado fazer xixi não impede uma gravidez, por outro é fundamental para a saúde íntima. Urinar após a relação ajuda a prevenir infecções urinárias, pois elimina bactérias que podem ter sido levadas para a uretra durante o ato sexual. Essa prática é especialmente importante para mulheres, que têm uma uretra mais curta e são mais propensas a desenvolver infecções do trato urinário (ITU).
O que fazer se você teve uma relação desprotegida e não quer engravidar?
Se houve relação desprotegida e existe o risco de gravidez, algumas medidas podem ser tomadas, como o uso da pílula do dia seguinte. Esse método deve ser utilizado com responsabilidade e sob orientação médica, pois sua eficácia é maior quando tomada nas primeiras 12 horas após a relação, mas ainda pode funcionar até 72 horas depois.
Além disso, também é fundamental realizar exames para garantir que não houve exposição a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Quais são os métodos contraceptivos recomendados?
A escolha do melhor método contraceptivo é individual e deve ser feita em conjunto com um(a) ginecologista. Entre as opções disponíveis estão:
- Métodos hormonais: pílula oral ou injetável, adesivo cutâneo, anel vaginal, implante subdérmico e DIU hormonal.
- Métodos de barreira: camisinha masculina ou feminina, diafragma.
- Métodos não hormonais: DIU de cobre ou prata.
- Métodos definitivos: laqueadura (para mulheres) e vasectomia (para homens).
- Método de emergência: pílula do dia seguinte (uso eventual e não recomendado como rotina).
Informação e saúde íntima andam de mãos dadas
É essencial combater desinformação sobre saúde íntima. O mito de que fazer xixi evita uma gravidez pode colocar muitas pessoas em situações de risco desnecessário. Por isso, compartilhe esse artigo e ajude a espalhar informação de qualidade!