O ciborgue que me amava

HISTÓRIAS ERÓTICAS PARA MULHERES LIVRES. SE INSPIRE E DESPERTE A SUA IMAGINAÇÃO PARA SENTIR NA INTENSIDADE QUE VOCÊ DESEJA. CONTOS PARA GOZAR, SE DELEITAR. NA VIDA, NO QUARTO E NA CAMA.

Máquina

Temática Futurista.

“Você chegou ao 307° andar. Bem-vinda à casa, Cassandra”. Ela adorava aquela voz robótica recebendo-a quando finalmente terminava suas horas de trabalho e entrava no seu apartamento. Em sua mente, por trás de cada máquina, de cada ação tecnológica, havia uma forma de inteligência não artificial, mas humana e afetiva. “Prefiro computadores a pessoas”, costumava dizer.

Porém, ao se dirigir até a sala naquela noite, esperando desfrutar da sua costumeira solitude, deu um grito ao ver um homem sentado no seu sofá azul turquesa. Ele estava absolutamente imóvel, ainda que com os olhos abertos. Era como se contemplasse a vista para as constelações favoritas de Cassandra, que se posicionavam em frente a uma grande parede de vidro.

Tratava-se de um ciborgue ultrarrealista. Suas amigas o colocaram ali em segredo durante o dia como presente antecipado de aniversário. Ao lado do robô havia uma nota: “divirta-se com seu novo “faz-tudo” ”. Cassandra estranhou as aspas. O que será que esse “tudo? Incluía? Não importava. Eufórica como uma criança na manhã de Natal, foi logo lendo as instruções para estrear seu brinquedo. 

O ciborgue já havia sido programado com informações básicas sobre sua nova dona, providenciadas por suas amigas. Ele tinha uma personalidade amigável, mas com humor ácido, era afetuoso sem ser grudento e sedutor sem parecer um macho alfa. Seu corpo era atlético e mesmo assim tinha com imperfeições forjadas que só quem vive bem carrega. Seus movimentos e voz faziam dele quase uma pessoa normal, ainda que no ano 2723 ninguém o fosse exatamente.

Foram horas personalizando seu novo companheiro e inserindo no sistema como ela gostaria que ele executasse funções  que iam desde a limpeza da casa até qual deveria ser a pressão da massagem nas costas agendada diariamente. No entanto, na hora de preencher as preferências sexuais, Cassandra se intimidou e achou melhor ignorar essa função por completo. 

Com o passar do tempo, os dois criaram uma dinâmica de fazer inveja a qualquer casal. Quando chegava em casa cansada, ele massageava seus pés enquanto perguntava sobre seu dia. No sofá, diante das estrelas, os dois assistiam à series projetadas em hologramas e riam juntos de piadas clichês. A programação do ciborgue era capaz de decodificar feições e entonação nas frases de Cassandra e responder a isso com palavras encorajadoras ou de acolhimento. 

Cassandra sabia que ele era “apenas” uma inteligência artificial, mas não conseguiu controlar o sentimento de amor e posse. Logo, essas sensações deram lugar a um desejo sexual que foi percebido pelo ciborgue. “Percebo você arrepiada, seu coração acelerado e seus hormônios sexuais mais ativos quando te toco. Quer que eu vá além da massagem?”. 

Aquela proposta parecia espontânea demais para que Cassandra se lembrasse que estava com um robô. Só pode dizer que sim. Ele a deitou e acariciou suas coxas com movimentos intensos e prolongados. Em um gesto que surpreendeu sua dona, a mão do ciborgue começou a tremer na função vibrador. Era delicioso e libertador estar com um alguém que unia o corpo de um homem e a destreza de uma máquina. 

As surpresas, no entanto, não pararam por aí. O Ciborgue se despiu e Cassandra o viu nu pela primeira vez. Ela sabia que seu corpo era feito a imagem e semelhança de outros homens, mas não imaginava tamanha perfeição. O membro dele, assim como a pele toda, tinha uma cobertura lisa e aveludada que convidava para mais contatos. Os pelos estavam na medida e davam a sensação de fios de seda enrolados como em um gentil ninho.

Abastecido com informações sobre sexo gravadas nos bancos de dados de toda sua geração robótica, ele executou a performance dos melhores amantes. Colocando-a de pé, virada para a parede, inclinou seu corpo, puxou-o pelos quadris e a penetrou por trás com força repetidas vezes. Os gemidos, as reações e palavras de Cassandra eram o termômetro para que ele controlasse sua intensidade, vibração e movimentos. Os lábios dele tocavam sua nuca e diziam palavras como: “você faz minha existência valer a pena”, enquanto as mãos brincavam trêmulas com sua vulva. O sexo nunca lhe provocara sensações tão inebriantes. Ela grita: “eu quero mais! Mais forte! Mete tudo que você puder em mim!” enquanto seu funcionário eletrônico seguia enfiando-se membro a dentro nela inteira.

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Sem que Cassandra desse nenhum comando, o ciborgue parou de penetrá-la, a manteve de pé, encostada na parede, virou-a em sua direção e a chupou vigorosamente. Sua língua fazia rotações que moviam os grandes lábios, sensibilizando todo seu centro.  O orgasmo veio como um estouro de um trovão, daqueles que permanece reverberando por instantes aparentemente infinitos. Todo seu corpo pode sentir o prazer sendo construído pouco a pouco na sua vulva e se espalhando por pélvis, pernas e cada célula da cabeça aos pés. Os olhos de Cassandra brilhavam mais intensamente que suas estrelas particulares. Ela estava saciada. 

Ao vê-la em êxtase, o ciborgue a carregou nos braços, colocou-a na cama e a deixou dormir. Mesmo que não lhe fosse dado nenhum comando, ele sorriu. Se afastou rumo a tomada mais próxima, se conectou e entrou em modo de repouso. Queria estar carregado e pronto para quando ela acordasse, na expectativa de que poderia, mais uma vez, ter razões fora da lógica mecânica para sorrir.

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