Happyhour

HISTÓRIAS ERÓTICAS PARA MULHERES LIVRES. SE INSPIRE E DESPERTE A SUA IMAGINAÇÃO PARA SENTIR NA INTENSIDADE QUE VOCÊ DESEJA. CONTOS PARA GOZAR, SE DELEITAR. NA VIDA, NO QUARTO E NA CAMA.

Ela me chamou atenção desde os meus primeiros dias de empresa, quando passávamos uma pela outra no corredor a caminho do almoço. Tinha um perfume gostoso e marcante (desses que você associa instantaneamente a dona quando o sente em outro lugar), seus cabelos eram cacheados bem soltos e ela usava com frequência umas calças lindas de cintura alta que eu não sabia se me despertavam admiração pelo modelo ou pelas curvas desenhadas do seu quadril – mas no fundo não me importava descobrir a real razão: sendo por um motivo ou outro, essa podia ser uma ótima desculpa para puxar assunto qualquer dia. 

Descobri pelas fofocas do refeitório que ela namorava meninas e que tinha se separado recentemente, mas, era de um setor diferente e meio distante do meu. Como faria para me aproximar - nem que fosse para alimentar ainda mais meu desejo descobrindo tudo o que pudesse sobre aquela figura tão bonita e enigmática? Essa dúvida me perseguiu tanto que fiz amizade com outras meninas de seu setor, e um dia, fui convidada para um happyhour com elas. 

Apesar de serem todas pessoas do trabalho, o clima era leve por termos estudado na mesma universidade e pelos gostos parecidos de música, séries e os haters de colegas de trabalho em comum. O bar de Karaokê, claro, ajudava todo mundo a se soltar e foi assim que a gente se aproximou: quando tocaram os primeiros acordes de uma música bem cafona e clichê que eu tinha escolhido para cantar, ela se levantou e veio rindo em minha direção: 

- Deixa eu cantar com você por favoooooooor – disse enquanto me abraçava e procurava o outro microfone ao redor. 

Fazendo passinhos ao som da música com nossos copos na mão e trocando olhares dramatizando a letra, nossa conexão foi instantânea e não precisei nem passar no débito a vergonha de perguntar sobre a loja em que comprava suas calças (graças a deusa!). Quando a música acabou, nos juntamos ao grupo por pouco tempo, pois, descobrimos mais diversos gostos em comum no simples movimento de escolher uma música para cantarmos juntas - o que foi ficando pra depois. Pouco a pouco fomos dando sinais para que os próximos passos acontecessem: uma cruzada de perna mais próxima, uma ajeitadinha no decote, uma encarada boba e perdida em meio a um assunto qualquer, uma arrumada no cabelo, um abraço para expressar uma risada e, enfim, um beijo. Encaixei uma das mãos em sua cintura e a outra na nuca, organizando os seus cabelos cacheados em meio aos meus. Senti com perfeição nossos decotes se encaixarem e meus mamilos enrijecerem com o roçar de nossos peitos em meio aos beijos, que se repetiram, ignorando o julgamento das pessoas ao redor. 

Nosso grupo seguiu cantando no karaokê e eventualmente vindo nos zoar como se ainda estivéssemos na quinta série, o que é bem normal de acontecer a partir de um certo horário em happyhour de empresa, mas, não nos importamos. Entre beijos, carinhos e roçadas de decotes seguimos até o fim da noite, quando descobrimos que morávamos na mesma direção e nos ofereceram uma carona em comum.

Nos sentamos no banco de trás e pousamos nossas mãos nas coxas uma da outra primeiro de maneira despretensiosa, depois dando pequenas apertadinhas e subidas em direção a vulva. As luzes da avenida que entravam pelo carro em movimento me faziam duvidar se estava vivendo de verdade, ou, imersa em uma sequência de flashs iluminando mãos que brincavam sorrateiras, ignorando as pessoas do banco da frente. Motorista e carona diziam algo engraçado e rimos mesmo sem achar muita graça, apenas para externalizar a tensão que essa dança nos causava. O carro parou para deixá-la a poucos quarteirões da minha casa e numa tentativa embaraçada de gentileza, desci para dar um último beijo de boa noite que quase me deixou para trás na carona.

Terminei o trajeto extasiada ainda sentindo suas mãos retribuírem o carinho nas minhas coxas. Dormi com o barulho de sua risada ecoando baixinho em meu ouvido. E no dia seguinte antes de ir para o trabalho, penteei os cabelos desfazendo os nós que ela deixou com os dedos me agarrando pela nuca, enquanto pensava no que falar quando a encontrasse pelo corredor. Como nossa aproximação foi por uma música clichê, entendi que esse é um básico que às vezes funciona e - sendo assim - quando a avistei caminhando em direção ao elevador, apressei o passo para entrarmos juntas e arrisquei:

- Bonita essa sua calça, moça… comprou aonde? - disse ainda enquanto tentava segurar a porta do elevador com o antebraço.

Entramos e ela me encarou, rindo antes de responder:

- Se você for lá em casa tomar um vinho eu te conto, te mostro ela melhor, até te empresto se você quiser… 

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