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Seja bem-vindo, Gel Lubrificante Excitante Feel

por Time Feel em Apr 11, 2022
O Lubrificante Íntimo Excitante Feel é um estimulante lubrificante que foi cuidadosamente desenvolvido para despertar novas sensações na vulva, vagina e clitóris. Sua fórmula contém ativos naturais de menta, gengibre e canela que proporcionam, além da lubrificação, uma refrescante e prazerosa sensação durante seus momentos de intimidade e ajudam a aumentar a libido. Por ser à base de água, não é um gel para sexo gorduroso e é facilmente removível, podendo ser usado com preservativos de látex e com sex toys.  Os três componentes da fórmula do gel lubrificante excitante foram especialmente combinados para proporcionar maior excitação e prazer, estimulando novas sensações: o gengibre é um estimulante que contribui para circulação de sangue nas regiões destacadas no rótulo, aumentando a excitabilidade; a menta oferece efeito refrescante e aromatizante; e a canela é um estimulante sensorial aromático. O melhor lube efeito frio que você já sonhou, com um delicioso sabor de menta. Um lubrificante estimulante efeito frio feito para aumentar sua libido Um estudo realizado por ginecologistas e epidemiologistas do Reino Unido apontou que 46% das mulheres não sabem identificar as estruturas que compõem a vulva. Pensando nisso, a Feel criou uma fórmula de lubrificante efeito frio para contemplar a anatomia do corpo no rótulo, trazendo o clitóris pouco estudado e a vulva que é uma denominação que muitas mulheres não conhecem, regiões essas muitas vezes desconhecidas, justamente pela falta de produtos específicos e falta de informação. Lubrificante estimulante com o frescor que você sempre sonhou O lubrificante efeito frescor chega ao mercado em abril de 2022 e vem para preencher a lacuna dos lubrificantes íntimos excitantes (naturais e veganos) que ainda não contavam com elementos capazes de aumentar o prazer, contribuindo para uma experiência íntima confortável e excitante, testado ginecologicamente e seguro para o corpo. “Ele é diferente de um lubrificante íntimo comum, pois além da lubrificação oferece sensações prazerosas para a vulva, vagina e clitóris, assim como para o olfato e paladar, uma vez que é beijável”, explica Marina Ratton, CEO da Feel. Ele pode ser usado em diversas experiências, inclusive massagens. Pioneira no Brasil, a Feel nasceu com o propósito de ajudar as mulheres a sentirem seu corpo sem culpa, sem dor e sem complicação, se permitindo e se respeitando. Criada em 2020, ela é uma empresa criada por mulheres e para mulheres, que desenvolve produtos de bem estar naturais e veganos, focados para potencializar o prazer e saúde nas diferentes etapas da jornada feminina. O lubrificante íntimo massageador hidratante da Feel é um dos nossos carros chefes e amado pela nossas clientes. O gel lubrificante excitante traz novas sensações e experiências que podem ajudar a comunidade da Feel a descobrir novas possibilidades para aumentar a libido e o prazer. Excitante por natureza: lubrificante excitante ativos naturais Os três componentes da fórmula do lubrificante sensacao de frescor foram especialmente combinados para proporcionar maior excitação e prazer:  Gengibre: Anti séptico, antiinflamatório, aromatizante, tônico e estimulante, o gengibre é um estimulante que contribui para circulação de sangue nas regiões da vulva, vagina e clitóris, aumentando a excitabilidade. Menta: Refrescante e cheirosa, as folhas de menta oferecem um efeito refrescante e aromatizante. Tem ação antisséptica e relaxante.  Canela: Especiaria antiga, de aroma agradável, é um grande estimulante dos sentidos e calmante para os nervos. Tem propriedades antioxidantes e antiinflamatórias que ajudam a melhorar a libido. Como ficar excitada com o Lubrificante? Para quem é? O Lubrificante Íntimo Excitante Feel é indicado para todas e todes pessoas com vulva, vagina e clitóris: em um momento de redescoberta da sexualidade até a menopausa. Nosso lubrificante menta e gengibre aumenta a sensibilidade ao toque e diminui o atrito e o ressecamento da região íntima feminina - além de trazer aquele geladinho maravilhoso. Aprovado por Ginecologistas & Dermatologistas Hipoalergênico, vegano, natural e com pH compatível da região íntima da vulva, como todos os produtos da Feel, o Lubrificante intimo com sabor Feel traz uma experiência íntima confortável e excitante, além de proporcionar conforto. Ele é testado ginecologicamente e dermatologicamente e seguro para todo o corpo - inclusive no sexo oral. Perfeito para melhorar a libido. O primeiro lubrificante sensação de frescor excitante para clitóris, vagina e vulva O gel lubrificante excitante da Feel é o primeiro lubrificante íntimo excitante do Brasil com aprovação da ANVISA para usar as palavras clitóris, vagina e vulva no rótulo, contemplando a anatomia de uma grande parte da população que ainda é tabu e pouco falada. Ideal para proporcionar conforto e diversão na vida sexual feminina.      
Libido baixa: a flutuação natural do desejo feminino

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Libido baixa: a flutuação natural do desejo feminino

por Time Feel em Apr 05, 2022
Toda mulher já sentiu o desejo sexual diminuir em determinado momento da vida. Nossa libido não é uma constante, mas um gráfico constante com altos e baixos. Aprender a respeitar nossos momentos e fases é fundamental para construirmos uma relação saudável com nossa sexualidade.   Mas a diminuição constante da libido - leia-se mais de um mês - sempre deve ser investigada com cuidado para ver se existe alguma causa por trás. Assim como a ansiedade sexual, a baixa de libido crônica é multifatorial.  Você sabia que 4 em cada 10 mulheres apresentam queixas relacionadas a baixa libido? Apesar desses dados, a libido não é uma constante. Inclusive, pode sofrer altos e baixos durante vários momentos da nossa vida e do nosso dia a dia.  No entanto, o uso de lubrificantes íntimos pode ser uma ótima alternativa para essas fases.  Antes de você descobrir quais são os melhores lubrificantes, é importante entender o básico de como eles funcionam e o que você precisa ter na hora H.  NOSSOS MECANISMOS SOFISTICADOS Outra constante, principalmente em relacionamentos de longo termo, é a disparidade de libido entre os parceiros. Segundo um estudo do JAMA, em relacionamentos heterossexuais, a mulher tem uma maior tendência a ter uma baixa de libido. Isso significa que somos mais "difíceis"? Ao contrário. O mecanismo de desejo e orgasmo na mulher é mais sofisticado que o do homem. Somos os únicos seres capazes de ter orgasmos múltiplos. Temos o único órgão dedicado inteiramente ao prazer sexual: o clitóris.  E como nossos ciclos menstruais, nosso desejo flutua naturalmente durante os anos. Mudanças na vida de uma mulher, como gravidez, menopausa e os períodos menstruais fazem parte da equação do nosso desejo sexual.  NEM SEMPRE VOCÊ VAI QUERER TRANSAR E tá tudo bem. Estamos atravessando uma das piores pandemias que a humanidade já presenciou. É perfeitamente normal seu desejo não estar lá em cima em meio a tantas perdas e conflitos.  Precisamos, sim, nos dar um desconto e entender que não é sobre hormônios, falta de interesse e desejo. Estamos tentando conciliar uma carreira profissional, a criação dos nossos filhos, cuidar da casa minimamente e ainda dar atenção para nossos amigos. É claro que a vida sexual acaba ficando em segundo plano.  E exigir de nós mesmas que tenhamos uma vida sexual de atleta, transando todo dia ou 4 vezes ou mais durante semana, é atestar mais uma opressão em nossas vidas.  QUANDO A BAIXA DE LIBIDO MERECE UMA INVESTIGAÇÃO Já entendemos que o desejo naturalmente flutua e é perfeitamente normal. Mas se o desejo fica permanentemente baixo por mais de um mês, é importante investigar as causas da baixa de libido continua.  As causas são diversas: Problemas no relacionamento Estresse e burnout Alguns antidepressivos Excesso de álcool ou drogas Problemas de saúde, como artrite, doenças neurológicas, diabetes, pressão alta, SOP, tiroide, câncer e doenças cardíacas Quando o problema é recorrente, é importante entender que existe o Transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH). O transtorno se apresenta não só na falta de relações sexuais, como na ausência de fantasias e de masturbação Estudos mostram que mulheres com uma baixa de testosterona podem apresentar TDSH - mas ainda não existem dados concretos se a testosterona pode ser o caminho de um tratamento de todos os casos de TDSH - principalmente quando existem outras comorbidades juntas, como a depressão e ansiedade. SURGIU UM SINTOMA DE BAIXA DE LIBIDO CONTINUA? CONSULTE SEU MÉDICO.  
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Verão 2022 - O verão do amor ou da liberdade sexual?

por Time Feel em Jan 04, 2022
"As novas liberdades, fizeram com que as vendas de preservativos, lubrificantes e brinquedos disparassem, o que às redes de saúde e beleza já dão o nome de “explosão sexual” um vulcão de liberdade sexual em atividade." Com essa informação começamos esse texto e preparamos vocês para o que está por vir - para alguns e falamos disso mais a frente, no verão 2022.  Porque, vamos combinar: os últimos dois anos não foram bons para a vida sexual de ninguém, nem mesmo para quem namora ou são casados - e a queda na libido veio aí demais. E, vendo o verão dos nossos amiguinhos do hemisfério norte, o "verão do amor" é real.  Algumas empresas, como a L'Oréal, o maior grupo de cosméticos do mundo, já sugeriram que a miséria da pandemia dará lugar a outros “loucos anos 20” - uma referência ao hedonismo dos anos 1920, após a Primeira Guerra Mundial e a gripe de 1918 pandemia. Match Group, a empresa por trás de aplicativos de namoro como Tinder, Plenty of Fish e Hinge, registrou um crescimento de mais de 20% no verão do hemisfério norte. A marca, incentivou novas inscrições com brindes e testes caseiros da Covid para se adequar ao "verão de amor”. Mas mesmo com a possibilidade de reuniões físicas, uma pesquisa de usuários do aplicativo de namoro Bumble descobriu que mais de um em cada três pessoas deseja continuar tendo encontros virtuais. E, esse desejo já tem nome: a F.O.D.A, síndrome criada pela cientista comportamental inglesa Logan Ury, que não é sacanagem e sim a sigla para fear of dating again - em tradução literal, o medo de se relacionar novamente: “Na hora H não consegui ir. Me deu medo de ser contaminada ou de contaminá-lo. Estou isolada desde março do ano passado, perdi o traquejo para a paquera ao vivo também. Esqueci até como se passa batom. Foram várias aflições juntas que me paralisaram”, conta a publicitária. Date desmarcado, Clara voltou para a rotina: assistir a séries, ficar de pijama e conversar on-line. “Foram tantos meses repetindo para todos meus amigos e familiares que era preciso manter o distanciamento que me achei fake de sair com um cara. Imagina na hora de tirar a máscara para beijar? Tenso. Além disso, com os números cada vez maiores de contaminados e de mortes fica difícil sublimar tudo isso e conseguir relaxar. Sei que a minha carência está gigantesca, que passo por momentos difíceis por conta da solidão, mas o medo acabou sublimando tudo isso e me senti melhor ficando em casa”, completa.  A síndrome vem no embalo de outras disfunções contemporâneas, como a F.O.M.O (fear of missing out), que é o medo de estar perdendo alguma coisa. A doença, descrita pela primeira vez nos anos 2000, surgiu com por conta das redes sociais. As pessoas ficavam com inveja por não estarem em tal festa ao ver os convidados postando o evento, chegando a casos graves de depressão. O que sabemos é que estamos saudosos de contato físico, mas, também estamos mais atentos ao consentimento e nossos desejos. Por isso, respeite seu tempo, suas necessidades e percepções. Seu corpo fala, por isso, escute - seja vivendo loucamente o "Verão do Amor" ou estando mais introspectiva por conta da F.O.D.A.  Fontes: The Guardian  Uol  Ela - O Globo  @thesummerhunter  
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Meu bullet, minha vida: essa é uma declaração de amor!

por Time Feel em Nov 17, 2021
Os vibradores bullet são pequenas e poderosas ferramentas para sua sexualidade: cabem no bolso e são facilmente escondidos se você precisar de discrição. E, se você nunca usou um vibrador , eles são perfeitos para você iniciar no mundo dos massageadores íntimos.  “Os vibradores bullet são a melhor introdução para o mundo dos vibradores, tenha você pouca ou muita experiência com modelos de vibradores” - conta a especialista em vibradores Sammi Cole - “Eles são fáceis de usar, simples de limpar e não são muito caros. Eles também têm a vantagem de serem pequenos e discretos”.  É claro, os vibradores bullet são bem pequenos comparados aos vibradores no estilo rabbit, mas não os subestime. A Sammi conta: “Devido ao seu formato, eles são ótimos para uma estimulação precisa e vibrações focadas exatamente onde você mais precisa”.  Muitas pessoas usam o vibrador bullet diretamente no clitóris ou no capuz do clitóris, mas você pode usar usar em toda a parte externa da vulva.  “Tente usar a ponta do vibrador bullet por toda sua vulva para descobrir os pontos mais sensíveis - além do seu clitóris - ela conta. Resumindo, tome tempo para explorar como você mais gosta de ser estimulada.  DICAS PARA USAR O VIBRADOR FEMININO Quando as mulheres do Reddit foram perguntadas em um fórum qual era o melhor vibrador feminino, muitas foram rápidas em elogiar o vibrador bullet. Uma usuária disse: “Ele tem vibrações o suficientes para me divertir, não é surreal de caro e tem sido meu masturbador favorito nos últimos meses”.  USE O VIBRADOR EM OUTRAS PARTES DO CORPO “Tente pressionar o vibrador nas suas outras zonas erógenas, como seus mamilos, suas coxas, seu períneo” - ela conta - “Mas fique atenta: devido ao formato deles, os vibradores bullet não são seguros para o uso anal, então mantenha sua exploração externa”.  NÃO USE SÓ A PONTA DO VIBRADOR  A maioria das pessoas vai usar o vibrador bullet segurando pela ponta do vibrador encostando nas partes mais sensíveis, mas Sammi explica que existem outras maneiras de usar um bullet.  “Segure horizontalmente” - ela fala - “e você vai poder curtir vibrações em uma área mais ampla. Isso é particularmente gostoso quando você já está bem excitada e sua vulva molhada e inchada, ou se você prefere uma estimulação não tão intensa”.  USE MUITO LUBRIFICANTE Ainda existe muito estigma sobre lubrificantes, mas não existe isso de não ficar “molhada o suficiente”. Isso é completamente mentira. A sua lubrificação natural varia por uma imensidão de fatores: dos seus hormônios até o tempo que você demora para ficar excitada. Então não existe nenhuma vergonha em usar lubrificante, e além de ajudar na masturbação e sexo, ele previne assaduras e machucados: “Um bom lubrificante ajuda na experiência sexual, seja com um vibrador ou com um parceiro. Você pode aumentar as sensações ainda mais passando uma boa quantidade diretamente no clitóris, antes de usar seu vibrador bullet”.  USE TAMBÉM SEU VIBRADOR BULLET COM UM PARCEIRO Se você ainda não introduziu vibradores no sexo antes, pode sentir que isso pode um pouco intimidador. Mas o vibrador bullet é uma boa maneira de começar: eles são pequenos e discretos. Peça para seu parceiro segurar o vibrador no seu clitóris e instrua como você gosta da velocidade e posição. “Segure eles contra o seu clitóris durante o sexo penetrativo para aumentar as suas chances de ter um orgasmo. Ou se seu parceiro tiver um pênis, experimente usar o vibrador bullet no saco escrotal ou no períneo enquanto você faz um sexo oral.”      Escrito por Paisley Gilmour. Tradução livre de artigo publicado originalmente na Cosmopolitan UK.  Leia o artigo original.
Aspectos da sexualidade feminina que contribuem para melhorar a qualidade de vida feel lubrificante

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Aspectos da sexualidade feminina que contribuem para melhorar a qualidade de vida

por Time Feel em Oct 26, 2021
Por Clelia Lopes, sexóloga. Dentre os aspectos da sexualidade considerados importantes para qualidade de vida escolhi falar da masturbação, da libido e da importância da autoestima. Segundo o dicionário Houaiss (apud Barballho 2018, p.58), masturbar-se que dizer “manipular, estimular os próprios órgãos genitais, ou os de alguém, para dar-se prazer, para alcançar ou fazer alcançar o orgasmo”. Mas infelizmente, muitas mulheres não se tocam, desconhecendo assim as zonas erógenas mais prazerosas do seu corpo e não sabendo nem mesmo, como estimulá-las. A falta de conhecimento do próprio corpo prejudica a mulher, impedindo-a de sentir prazer, inclusive em uma relação a dois. O Prosex (Projeto de Sexualidade da USP) concluiu em uma de suas pesquisas, realizada em 2008, que metade das brasileiras não tem orgasmo nas relações sexuais. É essencial que a mulher se toque e que essa ação aconteça de forma tranquila. Inclusive, é importante pontuar que esse contato corporal não precisa ser iniciado pelo clitóris ou pela vagina, o contato em um primeiro momento, pode ser iniciado pela nuca, depois os seios, pernas, nádegas e a vagina. O corpo humano é dotado de vários pontos de prazer (zonas erógenas). Com o toque é possível sentir essas zonas com as mãos, sem necessariamente focar somente em gozar, a exploração vai estimulando, passando as mãos pelos grandes lábios, pequenos lábios, na vagina e no clitóris. Se masturbar é um ato de amor-próprio De acordo com Barbalho (2018, p.59) “masturbar é um ato de amor por si mesma, unido aos sentimentos, pensamentos e fantasias sexuais que lhes dão origem...” Quando falamos de amor-próprio estamos nos referindo a autoestima, que nada mais é que a maneira que nos percebemos com as nossas capacidades, habilidades e potenciais. Tem ligação também com a maneira que lidamos com nossos erros e limitações e com as críticas, sem a necessidade de aprovação de outra pessoa. A autoestima é importante para nos ajudar a conviver bem a nossa sexualidade e também para a viver com qualidade. Já a baixa estima gera sentimentos de menos-valia, podendo acometer mulheres impedindo que consigam ter orgasmo, pois estão insatisfeitas com o próprio corpo, interferindo na sua sexualidade, impedindo-as de vivê-la com espontaneidade e liberdade. Quanto mais livres estivermos de preconceitos, tabus, regras sociais, culturais e educacionais, mais poderemos viver nossa sexualidade com plenitude. “Sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!” Eça de Queirós. O primo Basílio A libido e a energia vital A sexualidade pode ser modificada no percurso de vida, principalmente quando a pessoa é acometida por uma doença grave em que possa ter uma baixa ou nenhuma libido. Libido ou desejo sexual, é considerado energia vital, procura instintiva do prazer sexual, desejo e energia que está na base das transformações da pulsão sexual”(Houassis). Para Psicologia, a libido é importante para podermos compreender melhor o comportamento humano, já que é vista como energia que direciona instintos vitais. Instintos esses que pode se manifestar pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses variados. É essa energia vital que nos faz levantar todos os dias da cama. Alguns estudos definem que a libido ou desejo sexual, como: “o aumento de pensamentos e fantasias sexuais, tanto em frequência quanto em intensidade”. Partindo dessa ideia, podemos compreender que a libido é também uma experiência subjetiva ou uma intenção sexual. Temos estudos que afirmam também que libido ou desejo sexual são: “o aumento de pensamentos e fantasias sexuais, tanto em frequência quanto em intensidade”. O desejo sexual não é vivenciado da mesma forma pelas pessoas, logo essa energia pode ser direcionada para o ato sexual sim, mas também para vida profissional, missão, um projeto de vida, esporte, aulas de dança ou um curso. É importante desejar, ou seja, ter energia de vida. A libido e o câncer de mama: tem ligação? A libido está relacionada diretamente com o hormônios sexuais estrogênio e testosterona. A diminuição desses, pode prejudicar a vida sexual da mulher, diminuindo a lubrificação vaginal tornando a relação sexual desconfortável e até mesmo dolorida. O desejo feminino também é influenciado por fatores externos, como tabus, depressão, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade, fatores orgânicos, estresse, fantasias e crenças errôneas. A libido também diminui em mulheres acometidas pelo câncer de mama. Algumas pesquisas mostram que de 35% a 50% das mulheres com esse tumor sofrem de algum problema relacionado a sua sexualidade. Temas relacionados a sexualidade ainda são encarados como tabu, até mesmo na área da saúde. A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o impacto da vida sexual no bem-estar de mulheres com câncer e na preservação de seus relacionamentos, inclusive, atualmente se usa um termo para abordar estes temas oncosexualidade, visando a melhora da qualidade de vida das pacientes. A falta de libido, pode estar relacionada ao tratamento de quimioterapia, assim, como a alteração de humor, a vagina sem lubrificação e até mesmo ondas de calor. Além disso, a mama também é fonte de prazer, após receber o diagnóstico da doença muitas mulheres, passam a se sentir menos atraentes e preocupadas com a possível retirada de suas mamas. Questões como essas podem influenciar na diminuição da autoestima dessas mulheres, assim como o próprio tratamento pode ocasionar desconfortos. Existem algumas formas para amenizar as circunstâncias desagradáveis do tratamento como: lubrificantes a base de água, laser local para estimular a produção de colágeno, perucas, lenços, sutiãs com enchimentos, entre outros. Abdo (2021, p.146), declara “sendo a atividade sexual uma forma de exercício físico e mental, libera substâncias benéficas à saúde e ao bem-estar (endorfinas, dopamina, ocitocina). O aconchego e a intimidade que o sexo proporciona combatem a ansiedade, diminuindo o cortisol circulante e beneficiando a imunidade do organismo”. É percebido que os(as) pacientes dificilmente expressam suas preocupações com temas relacionados a sexualidade, preferindo muitas vezes que o profissional tome a iniciativa de perguntar. “Portanto, todos os membros da equipe que atendem esse(a) paciente devem estar preparados para abordar temas sobre sexualidade” (Fleury, Pantaroto & Adbo, 2011). É importante exista um lugar de fala para que essas mulheres possam expressar sua opinião sobre sexualidade quando sentirem necessidade, e também que seja validada a importância da libido na vida das pacientes, por elas e pelos profissionais da área da saúde, dado que isso vai contribuir para que essas pacientes tenham maior qualidade de vida.   Referências Bibliográficas: Abdo, Carmita. Sexo no cotidiano: atração, sedução, encontro, intimidade – São Paulo: Editora Contexto, 2021. Barbalho, Maria Cecilia Meirelles. Mulher: relacionamento e sexualidade: uma interface com a Gestalt-terapia. 1.ed. – São Paulo: Zagodoni, 2018. Fleury, Heloisa Junqueira; Pantaroto, Helena, Soares de Camargo; Abdo Carmita. Artigo: Sexualidade em Oncologia. Programa de Estudos em Sexualidade (Prosex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, 2011. Houaiss A., Villar , M, S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
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Se toque.

por Time Feel em Oct 15, 2021
Durante o mês de Outubro "se tocar" ganha um novo significado.  Passa a significar: Autoexame.  Cuidado.  Atenção.  Amor. Empatia. Por isso, hoje, queremos que você se toque e toque muito. Toque suas mamas. Apalpe beeem! Conheça cada pedacinho dela e incentive pessoas próximas a fazerem o mesmo. Incentive a realizarem os exames anuais e a ficarem sempre atentas aos fatores de risco.  Incentive a não tratarem com tabu o câncer de mama. Incentivem a entrar nessa conversa de autocuidado com a gente. Vamos juntas?  Abaixo preparamos um passo a passo para você realizar o autoexame:  
mulher cobrindo seios, câncer de mama e sexualidade

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Câncer de mama e sexualidade

por Time Feel em Sep 30, 2021
A sexualidade durante o tratamento do câncer de mama é discutida há anos, mas muita gente ainda a encara como tabu. O tema quase nunca é abordado pelos oncologistas.   A Organização Mundial da Saúde reconhece o impacto da vida sexual no bem-estar das pacientes com câncer e na preservação de seus relacionamentos. Criou-se, inclusive, um termo para isso: oncosexualidade. * Essa noção faz parte de uma evolução positiva que tirou o foco da oncologia na sobrevivência e o colocou na melhora da qualidade de vida de quem se trata do problema - ajudando a desmistificar certos tabus. Temos como propósito desmistificar, empoderar essa mulher que está em tratamento ou no pós tratamento e mais ainda lembrar e falar que o câncer de mama interfere diretamente em um órgão sexual feminino: a mama - por mais óbvio que isso pareça, e que uma mama, mesmo que reconstruída, perde sensibilidade, apresenta cicatrizes e são diferentes ao toque.  Precisamos falar sobre isso.  Precisamos falar também que não é normal aceitar o ressecamento vaginal ou sentir dor durante o sexo.  Normal é você se sentir bem. É se sentir completa recebendo e dando prazer. Normal é você se sentir livre.  E você pode contar com a gente para isso!  Conheça nosso Lube que com extratos de Calêndula, Aloe Vera e Vitamina garante hidratação e conforto para a pele da região íntima e auxilia no ressecamento vaginal causado pelo tratamento do câncer.    Conheça nosso Lubrificante Hidratante Íntimo a base de Aloe Vera e Calêndula *Fonte: Revista Saúde  https://rsaude.com.br/ponta-grossa/materia/oncosexualidade-retomando-a-vida-sexual-apos-o-tratamento-do-cancer-de-mama-e-de-colo-de-utero/21463 
Desejo Responsivo &  Desejo Espontâneo - Parte 1

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Desejo Responsivo & Desejo Espontâneo - Parte 1

por Time Feel em Aug 09, 2021
Feche os olhos por um momento e pense em como é o desejo. Para muitas de nós, as referências sexuais sempre vieram de filmes, música, arte e até pornografia. O padrão que se repete é: imagens quentes ao ser dominado pela luxúria do nada e chegando lá rapidamente... De fato, as vezes acontece assim. E é ótimo quando isso acontece. Mas para muitas de nós, é necessário um pouco mais de esforço para entrar no clima, especialmente quando estamos em uma parceria de longo prazo e a paixão do início passou. Nosso desejo é tão individual quanto nossas impressões digitais e aprender nossos padrões sexuais pode ser um processo de descoberta que dura a vida toda. No entanto, é possível simplificar e desvendar os segredos de nossos próprios estímulos. O desejo geralmente vem de duas formas: desejo espontâneo, como a imagem cinematográfica de um casal lascivo rasgando as roupas um do outro, e desejo responsivo, mais lento e com necessidade de estímulo Entender sobre estes dois padrões é desenvolver uma auto-expressão sexual. Desejo espontâneo versus desejo responsivo: qual é a diferença? Para quase todos que experimentam desejos sexuais, existem dois componentes importantes: o mental e o físico. Quando estamos mentalmente excitados, nós queremos! Planejamos, fantasiamos, imaginamos o que queremos fazer com nossa parceria e o que queremos que a parceria faça conosco. O desejo mental é aquele teatro interior. É uma história que contamos a nós mesmas no caminho para a cama. Por outro lado, a excitação física acontece no corpo. Nosso tecido erétil fica cheio de sangue, nossos mamilos ficam duros, nossa frequência cardíaca aumenta. Nossas pupilas podem dilatar e podemos sentir rubor. Embora o físico e mental não necessariamente se separam, é possível entender desejo espontâneo e responsivo a partir dos lugares em que estes dois processos acontecem primeiro. Se experimentarmos primeiro a excitação mental, depois a física - isso é desejo espontâneo. Começamos a pensar em sexo, então queremos sexo, então nosso corpo segue esse caminho mental. Se precisarmos experimentar a excitação física primeiro, antes que nosso motor mental comece a funcionar - esse é o desejo responsivo. Quando somos estimulados por meio de nossos sentidos, nossas mentes seguem o caminho na sequência. Muito simples, certo? Então, por que o desejo espontâneo é o foco na maioria das histórias sensuais que vemos e ouvimos? E se o desejo responsivo é tão normal quanto o espontâneo, por que às vezes parece que nossa libido está quebrada? Se você é alguém que precisa de estímulo físico para entrar no clima, há todo um universo para se explorar - em parceria ou sozinha.  O mito de gênero e libido Antes de continuarmos, quando usamos  “homens” e “mulheres” ao longo do texto, não temos a intenção de invalidar ou diminuir outras identidades de gênero. Fundamentalmente, somos todos indivíduos, imersos em uma mistura selvagem de biologia e socialização - o que parece ser responsável por algumas das maneiras diferentes pelas quais podemos sentir nossos impulsos sexuais. Dito isto, via de regra, o desejo espontâneo está associado à sexualidade masculina. 75% homens e 15% das mulheres relatam que sentem principalmente desejo espontâneo. Por outro lado, 30% das mulheres e apenas 5% dos homens relatam que sentem principalmente um desejo responsivo. Historicamente falando, os comportamentos e preferências de homens têm sido vistos como o "padrão", ou a maneira "correta" de fazer as coisas, o que pode explicar por que os homens são vistos como tendo libido mais elevada - quando isso não é verdade. As mulheres são capazes de ser igualmente vigorosas. Precisamos apenas de coisas diferentes para chegar lá.  
O que é o climatério e como passar por essa fase

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O que é o climatério e como passar por essa fase

por Marina Ratton em Jul 05, 2021
Ondas de calor, ciclo menstrual irregular, diminuição do desejo sexual, cansaço e alterações bruscas de humor. Você pode estar pensando que está vivendo uma nova fase na vida, a menopausa, mas é bem mais provável que esteja vivendo o climatério.

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Porque você precisa de um Lubrificante íntimo na sua rotina

por Time Feel em Jun 27, 2021
No último ano, assistimos a um aumento substancial na busca por produtos do mercado de sexual wellness ( ou bem-estar sexual ). Não apenas isso, o crescimento na procura de informação e em conversas em torno do assunto.  Em meio à sex toys novos e clássicos, um produto continua sendo constante, e talvez, o mais conhecido entre nós. Sim, eu estou falando sobre o lubrificante íntimo ou, como gostamos de chamar, apenas lube. Mesmo sendo um produto bastante reconhecido, o lubrificante ainda é subestimado por muitas de nós. Colocado, muitas vezes, em um lugar específico e masculinizado, quem já venceu essa barreira, sabe que um bom lube vai muito além das fantasias eróticas e posições específicas. Mas, antes de tudo, voltemos ao básico. No geral, lubrificantes são indicados para quando a região íntima feminina não possui lubrificação suficiente. Essa situação é mais comum do que parece entre mulheres e, se torna bem mais recorrente em momentos de desequilíbrio hormonal, no climatério, puerpério e na menopausa. As vezes até mesmo um método contraceptivo ou o stress pode gerar ressecamento vaginal. Uma boa lubrificação é fundamental para sentir mais conforto durante o sexo. A falta dessa lubrificação leva a maioria dos desconfortos e dores e até mesmo sangramento. É aí que o lubrificante íntimo vaginal entra em ação proporcionando mais prazer para nós, mulheres. Os lubrificantes podem parecer os mesmos quando se conhece pouco sobre o assunto mas de forma geral, podem existir grandes diferenças entre eles, como por exemplo suas "bases". As mais comuns são as fórmulas com base de silicone (tem uma consistência mais densa mas não reage ao látex do preservativo), de óleo (sua fórmula é a mais densa entre todos e pode ser prejudicial à saúde) e de água (o mais indicado para pessoas sensíveis, não reage ao látex e é o mais seguro e saudável para ser usado). Justamente por ser um produto que facilita tanto o bem-estar feminino, ele precisa ser muito bem pensado para uma região íntima e sensível como a nossa vagina é. Um lubrificante que devolve a hidratação da pele, auxilia no reequilíbrio do pH e possui propriedades que ajudam a acalmar sensibilidades como o Lubrificante da Feel são mais favoráveis para a saúde feminina. Essas características ajudam a diminuir o risco de irritações e hipersensibilidades que podem surgir com o uso. Por fim, como tudo o que envolve o nosso corpo e pele, é preciso ter muito cuidado ao escolher um lube para chamar de seu. Ele será um ótimo aliado para o seu bem-estar sexual, em todas as fases da sua vida. Sozinha, acompanhada, em relações hetero e homoafetivas, o lubrificante é um aliado que facilita a nossa busca por mais intimidade e prazer ao nosso corpo.  
O GAP do orgasmo e o que precisamos aprender sobre ele

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O GAP do orgasmo e o que precisamos aprender sobre ele

por Time Feel em May 13, 2021
Você já viveu isso na pele. Ter um encontro com um homem - que pode ser seu marido, namorado ou um parceiro casual - está animada, com a libido lá em cima e, naquela hora do popularmente conhecido “vamos ver”, você não vê nada. Se você ainda não percebeu, sim, estamos falando do orgasmo. Melhor ainda, estamos falando da falta dele. Você pode até pensar que o assunto é banal mas ele tem até nome: chamamos de "o gap do orgasmo".  O Gap do orgasmo se refere ao fato que, geralmente, nos encontros sexuais heterossexuais os homens têm mais orgasmo do que as mulheres. E eu sei que você deve ler essa informação pensando: eu tenho certeza que isso é verdade. Mas, temos dados que comprovam essa máxima. Uma pesquisa realizada com 3.000 mulheres e homens solteiros nos EUA entre 18 a 65 anos mostra que, ao ter relações sexuais com um parceiro, as mulheres disseram ter um orgasmo 63% do tempo e os homens deram 85%. E por que isso acontece? Existem alguns motivos sendo levantados e discutidos sobre a equação orgasmo e gênero. Sexo lésbico versus heterossexual: Mulheres lésbicas têm mais orgasmos que mulheres heterossexuais. Quando a mulher se masturba ela também tem muito mais orgasmos do que quando estão com um parceiro.  E por que, nesses dois casos, isso acontece? Acho que conseguimos chegar em um denominador comum: não há um pênis na relação. Mas é simples assim, a culpa é só dele? A lacuna do orgasmo não tem um culpado e, sim, é um problema totalmente cultural. Nossa sociedade ainda acredita que sexo envolve apenas penetração, muitas vezes não considerando o clitóris, órgão feminino responsável pelo nosso prazer. Pouco se fala e se aprende sobre ele ainda hoje. Para zerar a lacuna do orgasmo, mulheres e homens precisam entender que o clitóris é a chave para os orgasmos femininos. A maioria de nós necessita de estimulação do órgão para alcançar o orgasmo e, além do conhecimento, é preciso colocá-lo em prática. Na maioria das relações heterossexuais a ideia de que ambos terão orgasmos na penetração acaba ganhando protagonismo. Para mudar isso, precisamos manter a estimulação do clitóris em igualdade.  Aliás, falando em aprendizado, quando voltamos nossos olhos para a educação sexual esbarramos em outro problema: não somos ensinados sobre prazer e muito menos como descobrir o próprio e comunicá-lo para o outro. Se não sabemos nem o que queremos, como iremos falar abertamente sobre o assunto? O que, para nós mulheres, se torna um grande problema pois, a comunicação sexual é parte importante para o orgasmo feminino. Nós precisamos nos abrir para termos mais auto consciência do nosso corpo. Saber o que acelera ou freia sua libido trará essa evolução para o sexo também. Outro ponto que podemos considerar, também ligado ao contexto cultural, são os problemas de autoimagem que muitas de nós carregamos, resultado de uma vida inteira de regras e padrões estéticos extremamente irreais e, na maioria das vezes, inalcançáveis.  Nem precisamos colocar na conta todo o stress e ansiedade da vida moderna. E no que isso influencia? Em muitos aspectos! Afinal, precisamos de muita atenção plena e uma entrega mais completa para nossas sensações e a relação presente.  Aprender sobre o prazer sexual permite que comunique seus desejos para os outros, o que diminui a probabilidade de reações indesejadas ou anuladas para o lado feminino. Outro ponto que precisa mudar está ligado à educação sexual que precisa ser menos ligada para métodos que promovem a abstinência e mais sobre a conexão com o nosso prazer.  O hiato do orgasmo ainda é grande, mas precisamos criar pontes para que esse espaço diminua. Afinal, “No More Fake Orgasms” para todas nós. Fonte: Psy e The Conversation
Masturbação feminina, uma história.

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Masturbação feminina, uma história.

por Marina Ratton em May 13, 2021
É comum revistas femininas ou sites de bem-estar defenderem a masturbação como uma prática saudável ou mesmo um ritual de autocuidado. Esse é um sinal positivo da evolução e da desmistificação do tema.  Até recentemente, porém, sexo solo era motivo de tabu. Historicamente a masturbação foi considerada pecaminosa, prejudicial à saúde, prejudicial ao sexo com parceiros e sinônimo de indulgencia. O movimento atual para normalizar e defender a masturbação, especialmente a feminina, é uma reação contra as visões predominantes dos últimos séculos. Masturbação ao longo do tempo Por milênios, a masturbação foi retratada e celebrada na arte. De pinturas pré-históricas em pedra, passando pelo  Kama Sutra e comédia grega, o sexo solo era retratado sem julgamentos e com frequência. A época das antigas civilizações foi o último período histórico em que a masturbação “gozou” de ampla aceitação. O filósofo grego Diógenes, o Cínico, era conhecido por se masturbar em público. Uma estátua de uma mulher se masturbando foi encontrada na antiga Malta, e antigos faraós egípcios se masturbavam no Nilo como parte de um ritual espiritual. Figura Egípcia retratando sexualidade feminina  Logo depois dessa época, o cristianismo estigmatizou qualquer forma de sexo que não fosse reprodutiva, diz Hallie Liberman, autora de Buzz: The Stimulating History of the Sex Toy. “A masturbação é considerada um pecado desde o século 4, não apenas porque não era procriativa, mas também porque ocorria fora do território do casamento”, explica ela. Aqueles que pregaram (e pregam) contra a auto estimulação - e contra pensamentos e formas de qualquer tipo de prazer sexual - encontraram uma ampla fonte de material na Bíblia para apoiar sua campanha a favor do “comportamento sexual normal”. Hebreus: “Que o casamento seja honrado entre todos, e que o leito conjugal seja imaculado, pois Deus julgará os sexualmente imorais.” Grande parte das citações bíblicas foram usadas durante séculos para condenar não apenas o auto prazer, mas qualquer ato sexual que não seja a relação sexual dentro do casamento. Dizia-se que, mesmo as reações fisiológicas noturnas (os famosos “sonhos molhados”, algo completamente normal) tornavam um homem impuro, e ele assim permanecia por 24 horas, mesmo depois de ter tomado banho. Desejo e fantasia sexual eram considerados pecados. No século 18, o estigma atingiu seu auge, graças ao panfleto inglês Onania, amplamente divulgado na época. O autor anônimo do livro argumentou que a masturbação viciava e poderia danificar nervos e músculos. Textos e livros semelhantes que surgiram na mesma época, alguns de filósofos famosos, foram em grande parte projetados para apoiar as normas sociais que condenam a masturbação - baseadas em grande parte nas crenças religiosas. Nessa época, médicos também entraram em ação. Eles começaram a alertar que homens possuíam um número limitado de espermatozoides e que seria necessário conservá-los. No caso das mulheres, muitos médicos afirmavam que a masturbação era a causa ou sintoma de ninfomania. No século seguinte, a masturbação foi encarada como fator de risco para doenças que iam da cegueira à prisão de ventre e palmas das mãos peludas. A mutilação genital feminina (também conhecida como circuncisão feminina) foi praticada nos EUA no século 19 como uma forma de impedir que as meninas se masturbassem. “A ideia era redirecionar a sexualidade das mulheres para o único caminho culturalmente aceitável: a relação sexual vaginal dentro do casamento”, diz Lieberman. Os EUA são um dos muitos lugares do mundo onde esse processo ainda é permitido até hoje. Mudança na opinião pública  A percepção sobre masturbação e sexualidade mudaram em meados do século 20 quando o sexólogo Alfred Kinsey começou a publicar os resultados de suas pesquisas, estatísticas mostravam que 90% dos homens e 62% das mulheres se masturbavam na época. Mas o movimento para normalizar a masturbação feminina realmente decolou nos anos 60 e 70, com o advento das oficinas de masturbação da educadora sexual Betty Dodson, com textos de sexualidade feminina como o “Our Bodies, Ourselves” e as lojas de brinquedos sexuais feministas com curadoria para mulheres. Oficina masturbação Betty Dodson “As mulheres estavam sendo encorajadas a aprender sobre seu próprio corpo e a assumir o controle de sua sexualidade e orgasmos. Passaram a ouvir que a masturbação era um passo essencial para fazer isso”, disse Lynn Comella, professora associada de estudos de gênero e sexualidade na Universidade de Nevada-Las Vegas e autora de Vibrator Nation: How Feminist Sex-Toy Stores Mudou o Negócio do Prazer. Em 1972, a American Medical Association considerou a masturbação “nem física nem mentalmente prejudicial” ao corpo humano. Algumas décadas depois, em 1994, a cirurgiã Joycelyn Elders sugeriu que a masturbação fosse incluída nos currículos de educação sexual. Esta declaração fez com que ela fosse demitida, mas deixou um legado duradouro, incluindo a data de maio como Mês Nacional da Masturbação. Joycelyn Elders Embora a masturbação masculina nunca tenha desfrutado do mesmo movimento de empoderamento que a masturbação feminina, ela foi promovida como uma alternativa mais segura ao sexo durante a epidemia de HIV / AIDS nos anos 80. E em 2020, vimos um esforço semelhante para prevenir a disseminação do coronavírus, durante a pandemia global de COVID-19. O Pornhub, por exemplo, tornou seu serviço de assinatura premium gratuito para encorajar os espectadores a ficarem em casa. As diretrizes da cidade de Nova York sobre sexo e COVID-19 continham uma pérola que foi muito celebrada em toda a internet: "Você é o seu parceiro sexual mais seguro." Novos Tempos Atualmente, o mesmo movimento encabeçado por Betty Dodson na década de 70 está voltando. Tem sido relativamente fácil acessar conteúdos de qualidade abordando sobre sexualidade feminina, orgasmo e masturbação. Uma gama de novos produtos e serviços estão nascendo a partir desta demanda: lubrificantes, vibradores clitorianos e áudios eróticos são as novas ferramentas para esse momento de intimidade solo. Grandes portais de beleza agora possuem uma categoria exclusivamente voltada para prazer e bem-estar íntimo. A Feel nasceu exatamente neste conceito - desenvolvendo produtos que podem ser usados a dois, a três mas, principalmente, sozinha. Contar isso em um rótulo já é um game change no comportamento sexual feminino. Prazer próprio é geralmente aceito como um simples impulso físico para os homens e historicamente considerou-se que as mulheres se masturbavam por motivos de autocuidado ou saúde. Essa ênfase nos benefícios da masturbação pode ajudar a reduzir a culpa e a vergonha.  A masturbação pode ser uma fonte de bem-estar e autodescoberta, mas também pode ser um simples impulso: Se você quiser apenas deitar em sua cama com uma camiseta surrada e um vibrador enquanto assiste a um filme, isso é igualmente válido.  É fundamental não criarmos um duplo padrão de gênero nas visões da masturbação. Mulheres se masturbam pelos mesmos motivos que os homens. Desejos sexuais nem sempre precisam de justificativa.